Ouço o choro de minha menina,
Presa ao ventre fatigado,
Que já não gera fruto
Que já não recebe a semente,
Mas cá esta ela...
Talvez em sonho,
Na ilusão de um sono profundo,
Cá esta ela...
Tão doce que quase existe,
E por vezes sinto-a aqui,
Dentro do ventre seco,
Sinto-a no seio murcho,
No corpo sofrido,
Na vida perdida.
Quiçá ela esteja todos esses anos,
Junto de minha infância.
Nessa longa calçada chamada vida
Que tanto me cansa caminhar.
Carpe
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