Sempre
menina. Menina de pular corda. De jogar bola. De segurar pipa. De
pular muro. De ralar joelho. De me esconder embaixo da cama.
Brincar... Brincar. ..Brincar... Tão bom... Um dia corpo muda. Seios.
Pelos. Curvas. Menina! Moça? Tudo começou a mudar. Mas ainda
vontade... Brincar...Brincar... Ai doeu. Barriga. Cabeça. Corpo.
Sangue. Mocinha! Dizia minha mãe. Meu pai: menina-moça. De repente.
Homem. Mão. Corpo. Medo. Empurra. Dormia de bruços. Só dormia de
bruços. Muda. Corda na rua? Não! Muda. Pipa? Não! Muda. Pracinha?
Não! Muda. Tempo. Tempo. Tempo. Não brinco mais como antes. Ainda
brinco. Corre. Pula. Ri. Se esconde. Mas não como antes. Nunca mais
como antes...
Carpe
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